O termo “Vestibular” deriva da palavra “vestíbulo”, que nas antigas residências consistia no espaço entre a porta de entrada e as demais dependências. Ou seja, um ambiente de passagem, que dá acesso ao lugar em que se quer chegar.
Sua história no Brasil é longa e tortuosa, permeada por inúmeros decretos, portarias e resoluções, mas vamos tentar um “resumão”. Tudo começou em 1911 pela inciativa de um político, chamado Rivadávia da Cunha Corrêa, Ministro da Justiça e dos Negócios Interiores. A ideia era selecionar, por meio de provas, os estudantes que ingressariam nas universidades públicas.
Quatro anos mais tarde, o despreparo demonstrado pelos candidatos originou um projeto de reforma. Foi quando o Governo Federal criou o Concurso de Habilitação para Ingresso nas Faculdades, que selecionava os postulantes aos cursos públicos da época.
Com o passar das décadas, o Vestibular foi se transformando. Elitista e excludente em seus primeiros tempos, só possibilitava o acesso ao Ensino Superior aos alunos egressos dos colégios mais tradicionais do país – como o D. Pedro II, do Rio de Janeiro. Os candidatos às poucas faculdades brasileiras tinham que passar pelos chamados exames de madureza e ter no mínimo 16 anos.
Os primórdios dos vestibulares compreendiam, além dos testes escritos, exames orais. As provas variavam de faculdade para faculdade, contendo sempre duas grandes “matérias”: Línguas (Português e uma língua estrangeira) e Ciências (Matemática, Física e Química).
Na década de 60, a Lei de Diretrizes e Bases permitiu aos cursos de grau médio a possibilidade de ingresso nas escolas superiores, daí derivando os cursinhos pré-vestibular e a proliferação das universidades particulares.
Os exames, extremamente concorridos, ganharam grandes espaços, como o Parque de Exposições do Anhembi.
Os exames unificados: Cecem, Cecea e Mapofei.
Ainda nos anos 60, o surgimento dos vestibulares unificados possibilitavam, em uma só prova, a entrada em várias faculdades. O Cecem promovia as provas das faculdades de medicina do Estado de São Paulo; o Cecea realizava os exames dos cursos de humanas da mesma região; e o Mapofei respondia pela área de Exatas, nas universidades Instituto Mauá de Tecnologia (MA), Escola Politécnica da USP (PO) e Faculdade de Engenharia Industrial (FEI).
Surge a Fuvest.
Em 1964, professores criaram Fundações para selecionar os candidatos a diversas instituições, como a USP. Daí nasceu a Fuvest, em 1976, unificando o processo de entrada na Universidade de São Paulo, na Unesp e na Unicamp. Tal unificação das três maiores universidades públicas paulistas perdurou até 1983. Hoje, a Fuvest coordena unicamente o Vestibular da USP, sendo que a Unesp e a Unicamp possuem processos seletivos próprios.
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Fontes para elaboração do conteúdo: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-inventou-o-vestibular/
https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,vestibular-nasceu-no-brasil-em-1911,1090702