Descobrir algo de bom trazido pelo coronavírus pode parecer difícil, mas não impossível. É o que demonstra um estudo publicado recentemente, no qual se constatou que as vibrações e ruídos emitidos pela humanidade de março a maio de 2020 foram 50% menores, comparativamente aos índices comumente observados.
A pesquisa, realizada pelo Observatório Real da Bélgica, parece ser uma lição valiosa deixada pela pandemia. Trata-se do período mais silencioso desde que se monitora o planeta com redes de sismômetros. O esvaziamento das ruas das grandes metrópoles, a diminuição do trânsito de veículos, o fechamento do comércio e a interrupção de atividades industriais explicam a queda, que permitiu aos pesquisadores uma maior acuidade na captação do ruído sísmico natural da Terra.
A distinção entre o ruído sísmico do antropogênico – possibilitada pelo estudo – permitirá à ciência determinar melhor as características das vibrações provocadas por seres humanos daquelas que são emitidas pelo planeta.
Como seria de se esperar, a diminuição mais drástica das vibrações se deu em centros urbanos superpopulosos, como Nova York e Singapura.
O silêncio resultante, ao mesmo tempo em que brindou a raça humana com menores índices de poluição sonora, nos trouxe também um ambiente mais propício à calma, à concentração e, consequentemente, a um maior aproveitamento daquilo que lemos e do que nos é ensinado.
Com a flexibilização do isolamento, é claro que as vibrações já voltam a ser maiores que as registradas entre março e maio – período em que um terço da população do planeta se confinou em casa.
Além do Observatório Real da Bélgica, outras seis instituições se envolveram na pesquisa, que contou ainda com medições realizadas por quase uma centena de cientistas de diversos países.
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Fonte para elaboração do conteúdo: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155579-pandemia-silencia-planeta-cientistas-ouvem-terra.htm