A alimentação equilibrada é um fator que garante o crescimento e desenvolvimento correto de uma criança, não somente durante a infância, mas também na fase da pré-adolescência e adolescência. Muitos especialistas reforçam a importância do papel da alimentação na aprendizagem das crianças, já que a ciência já comprovou que alunos bem nutridos podem apresentar melhores notas e aproveitamento do que aqueles que têm uma alimentação desequilibrada ou deficiente.
Mas por que a alimentação influencia tanto na qualidade e na capacidade de aprendizagem do meu filho? O que preciso fazer para garantir que ele esteja consumindo os alimentos certos e na hora certa para que esse fator não prejudique seu rendimento na escola ou nos momentos de aprendizado em casa?
Os nutrientes e a relação com o desenvolvimento da criança
Crianças têm uma demanda maior de ingestão de nutrientes do que os adultos porque elas estão em fase de crescimento. Tudo ainda está sendo desenvolvido: seu corpo, seu cérebro, sua cadeia neurotransmissora, sua visão, sua capacidade de fala e de concentração.
A construção de cada uma dessas áreas corporais da criança depende intimamente do fornecimento de várias vitaminas e minerais, que participam de reações relacionadas com a formação dessas estruturas e o funcionamento correto de cada uma delas. Quando a criança apresenta deficiência na ingestão de algum desses nutrientes essenciais, ela pode ter seu desenvolvimento prejudicado.
A importância da alimentação para o raciocínio
O nosso principal órgão de aprendizado, o cérebro, depende exclusivamente do fornecimento correto de energia para funcionar. Crianças bem alimentadas têm maior facilidade de aprendizado porque conseguem raciocinar corretamente, já que o cérebro está sendo nutrido com energia durante seu funcionamento. Já em crianças que não recebem nutrientes suficientes, o cérebro fica sem substrato energético para funcionar bem, prejudicando a capacidade de raciocínio e de aprendizagem.
Desnutrição e dificuldade de aprendizagem: fatores que andam lado a lado
Uma alimentação desequilibrada resulta em um desenvolvimento incompleto da criança e baixa capacidade de raciocínio, o que influencia diretamente na dificuldade do aprendizado. Quando falamos de desnutrição, não estamos somente tratando da baixa ingestão calórica, que permite o desenvolvimento de estruturas corporais mais frágeis, mas estamos falando também da baixa ingestão de vitaminas e minerais que são essenciais para manter todo o organismo da criança funcionando.
A desnutrição é a doença mais perigosa para uma criança, afinal a infância não é somente a fase da vida em que o organismo se desenvolve, mas também é quando criamos nossa capacidade de raciocínio e compreensão.
Quando comer e o que comer
A alimentação de uma criança não tem segredo: ela deve seguir as premissas de uma alimentação saudável como outra qualquer. Seu filho precisa comer carboidratos, proteínas, gorduras, vegetais, frutas e beber muito líquido. Um cardápio que valoriza o aprendizado da criança se baseia nas seguintes orientações:
- Café da manhã: uma fonte de carboidrato (pão ou cereais), uma de proteína (queijo, leite ou iogurte) e uma de frutas (suco natural ou uma unidade de fruta).
- Lanche na escola: um carboidrato (pão, biscoito, bolos — sempre de fonte integral), uma pequena porção de proteína (queijos, iogurte) e uma porção de frutas, se desejar (a mesma regra se aplica se a aula for no turno da tarde).
- Almoço: uma porção de carboidratos (arroz, macarrão, batata, inhame, mandioca), uma de leguminosas (feijão, grão de bico, ervilhas, lentilha), uma de carne e duas de vegetais (de preferência uma folha e um legume).
- Lanche da tarde: um suco natural de frutas ou uma unidade de frutas frescas.
- Jantar: ofereça as mesmas opções do almoço, porém em quantidades reduzidas.
As quantidades citadas acima variam de acordo com cada criança e são somente uma sugestão para ajudar os pais a entender a importância da participação de cada alimento ao longo do dia da criança. Se você acredita que a alimentação do seu filho está muito distante desse padrão e que ele precisa de um acompanhamento especializado, não hesite em contar com a ajuda de um nutricionista para equilibrar a alimentação do seu pequeno.
Já conseguiu perceber diferenças no raciocínio do seu filho quando ele está com fome? Como anda o aprendizado e o rendimento dele? Tire suas dúvidas e compartilhe suas impressões conosco!
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