Como pais podem auxiliar filhos contra o sedentarismo e diminuir o excesso de telas

A combinação entre mais atividade física e menos tempo de tela pode fazer uma grande diferença na saúde física e mental das crianças e adolescentes. Duas pesquisas recentes mostram isso de forma clara.

Um estudo realizado por uma universidade da Finlândia acompanhou 187 crianças ao longo de oito anos. Os pesquisadores constataram que, quanto mais tempo os jovens passavam em celulares e outros dispositivos, maiores eram os níveis de estresse e os sintomas de depressão na adolescência. 

Em contrapartida, aqueles que praticavam exercícios regularmente, especialmente os que faziam esportes e mantinham o tempo de tela sob controle, apresentaram menos sofrimento emocional e estresse. O estudo foi publicado em março de 2025 na revista científica JAMA Network Open (uma publicação da Associação Médica Americana).

Já no Brasil, outra pesquisa, feita em 2024, analisou os efeitos de trocar uma hora de tela por uma hora de atividade física moderada a intensa em crianças pequenas. O resultado foi animador: melhorias nos níveis de pressão arterial, redução do percentual de gordura corporal, menor presença de marcadores inflamatórios como a proteína C-reativa e melhora no IMC (índice de massa corporal, usado para avaliar a relação entre peso e altura). Além disso, o metabolismo também apresentou melhora.

Esses dados apontam para caminhos simples e possíveis: incentivar o movimento no dia a dia, principalmente com brincadeiras ao ar livre, atividades organizadas ou esportes, e estabelecer limites claros para o uso de telas, mas lembre-se que sempre com o exemplo dos adultos como referência.

Os pais podem começar com metas simples: trocar uma hora de celular por uma caminhada, uma pedalada, brincadeiras no parque ou até tarefas ativas dentro de casa. Participar dessas atividades junto com os filhos também fortalece os laços familiares e ajuda a criar hábitos saudáveis.

E, quando se trata de adolescentes, vale apostar em esportes coletivos, dança, artes marciais ou até treinos em casa, o importante é encontrar algo que os motive. O resultado será menos estresse, menor risco de depressão, mais saúde para o coração, os ossos e o corpo como um todo. Crianças e adolescentes mais ativos também tendem a ter mais energia, melhor desempenho na escola e menos chances de desenvolver problemas metabólicos no futuro.

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