A estatística é alarmante: de 1980 a 2008, ou seja, em um intervalo de apenas 28 anos, o volume de matérias-primas extraídas e consumidas no mundo aumentou 60%. A sobrevivência de ecossistemas e o controle sobre a extração de recursos exigem a adoção imediata da economia circular – na qual a reutilização se torne a norma.
Se nos detivermos somente nos resíduos plásticos, apenas de 14 a 18% são reciclados. As taxas de reciclagem, ao invés de aumentarem em função de novas tecnologias de processamento, chegam a diminuir em alguns países. O resultado é que os aterros sanitários continuam sendo o destino da imensa maioria do lixo produzido pela humanidade, e a incineração de resíduos permanece como uma saída poluente e bem pouco civilizada de amenizar o problema.
Uma esperança no horizonte
Mas nem tudo é má notícia, especialmente em se tratando de alguns produtos de uso único. Embora ainda estejamos longe de atingir uma economia totalmente circular em latas e garrafas de bebida, o alumínio vem se mostrando o mais “mocinho” entre os vilões. Um estudo revelou ser este o material mais amplamente reciclado: aproximadamente 70% dos componentes utilizados em latas de alumínio transformam-se em novos produtos, sendo que este índice é de apenas 34% no caso do vidro e de 40% nos plásticos. O mesmo estudo, que analisou dados do Brasil, China, Europa, Japão e Estados Unidos, afirma ainda que 98% das latas de alumínio recicladas transformam-se em produtos que, por sua vez, também podem ser reciclados novamente. E mais: a eficiência de reciclagem do alumínio é de 90%, ou seja, as perdas com triagem, reprocessamento e tratamento térmico são de apenas 10%.
Para se ter uma ideia, enquanto 75% de todo o alumínio já produzido no planeta ainda está em uso hoje, só 9% dos plásticos transformaram-se em outros produtos. A consequência se vê nos aterros sanitários, abarrotados de plásticos e vidros.
Embora seja necessária uma grande quantidade de energia na sua fabricação, o que traz prejuízos ao meio ambiente, o alumínio pode ser reciclado quase que indefinidamente, sem perder suas características originais. Vantagem que, sem dúvida, fará dele um forte aliado na sustentabilidade da indústria – especialmente a de bebidas.
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Fonte para elaboração do conteúdo: https://impact.economist.com/sustainability/circular-economies/data-point-in-the-world-of-drinks-packaging-is-aluminium-king?utm_source=email