CLARO, ESTUDAR É FUNDAMENTAL. MAS DAR UM TEMPO, TAMBÉM.

Estudantes precisam mesclar o lazer com o estudo. Foto: freepik

Sabe aquele seu amigo que estuda sem parar? Atolado em montanhas de resumos e movido a café? Pois é, certamente você conhece alguém assim. Mas o que a princípio parece uma virtude, muitas vezes pode ser um perigo – se faltar bom senso e equilíbrio.

Não é nenhuma novidade o fato de que é preciso harmonizar o estudo com as pausas, para que a assimilação do conteúdo e a performance nas provas não sejam prejudicadas. Muitas horas ininterruptas de estudo produzem cansaço e esgotamento mental, comprometendo a absorção da matéria e o consequente rendimento do estudante. Em contrapartida, ao descansar em intervalos regulares, “recarregando a bateria”, o aluno recompõe as energias e eleva o nível de concentração.

Um estudo sobre o papel dos pequenos descansos na aprendizagem de coisas novas, realizado pelo pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e publicado no periódico Cell Reports, teve o pesquisador brasileiro Leonardo Claudino como um dos coautores. Ele diz: “Imagine uma pessoa aprendendo a tocar uma música nova ao piano. Descobrimos que, durante as pausas na aprendizagem, o cérebro repete uma versão 50 vezes mais rápida dos movimentos usados para tocar a música, o que reforça a conexão dos neurônios das áreas associadas àquela memória nova”.

O cérebro requer pausas para consolidar o conhecimento, aproveitando-as para fazer um “replay” mental superveloz do que acabou de aprender, fortalecendo a informação ou habilidade recém-adquirida e transformando uma memória transitória em duradoura. É quando a memória do hipocampo, onde ficam os registros temporários, se transferem para áreas do neocórtex, onde se alojam as memórias de maior duração.

O exemplo da música parece valer igualmente no contexto escolar. “Em um ambiente de ensino, talvez o professor, quando for introduzir um conceito novo, possa pensar na sessão de aprendizado já incluindo essas pausas. É importante que o estudante tenha esses períodos de descanso, pois, apesar deles, o cérebro continua ativo – e essa é que é a nova descoberta. O hipocampo e o córtex estarão realizando essas trocas, que vão consolidar o aprendizado recente”, conclui o pesquisador.

Até há pouco tempo, acreditava-se que esse processo de consolidação dos novos conhecimentos acontecia somente durante o sono. Agora, existem evidências de que as pausas rápidas também colaboram para isso, embora tal afirmação exija a confirmação por mais pesquisas, segundo Leonardo Claudino.

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Fonte para elaboração do conteúdo: https://www.bbc.com/portuguese/geral-61514417

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