Denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo é um distúrbio que acomete o desenvolvimento cerebral, atingindo cerca de 1% da população. Esse problema pode ser desenvolvido em vários graus e tipos diversos, diferenciando os portadores entre si.
O diagnóstico precoce do autismo é muito importante para uma intervenção prévia e a obtenção de melhores resultados em seu tratamento. Muitas vezes, a descoberta acontece tardiamente, quando a criança já possui sinais evidentes.
Tendo em vista a importância de identificar o autismo o mais cedo possível, no artigo de hoje vamos ensinar como reconhecê-lo logo em seus primeiros sinais, dando dicas de como ajudar na educação e nos cuidados com a criança.
Mostraremos também a você, adolescente, que a convivência com colegas autistas pode ser muito enriquecedora, afinal, as diferenças fazem parte de nossas vidas. Vamos lá?
Primeiros sinais do autismo
Começar o tratamento logo nos primeiros sinais do transtorno é fundamental para o desenvolvimento adequado da criança. Por isso, fique atento às seguintes alterações no comportamento dos pequenos:
- comunicação não verbal — esse é um dos primeiros vestígios que deve ser observado logo nos primeiros meses e anos de vida da criança. Um bebê se comunica, muitas vezes, com o olhar, mostrando com os olhos o que ele deseja. Um autista, geralmente, mantém um olhar perdido, até mesmo durante a amamentação, costumando não fitar a mãe;
- interação social — uma criança autista não interage de forma espontânea com os colegas e adultos. Ela evita o contato visual e uma comunicação mais aprofundada com as pessoas que estão em sua volta;
- repetição — movimentos repetitivos com o corpo são comuns em crianças autistas. Elas também restringem seus interesses a determinados temas e brincadeiras, fechando-se a novidades.
Essas são algumas dicas iniciais para identificar o autismo. Ao observá-las e, a partir daí, iniciar uma intervenção precoce, a estimulação adequada da criança se torna muito mais fácil e eficiente.
Assim, comportamentos inadequados podem ser controlados com mais facilidade, proporcionando à criança um desenvolvimento apropriado e uma convivência social muito mais harmônica.
Educação e cuidados
Ao identificar o autismo, e inicializar o tratamento profissional, é importante também para os pais manterem alguns cuidados especiais com a educação de seus filhos. Isso contribuirá para a criança, dentro de suas limitações, se desenvolver saudavelmente.
Saber trabalhar e valorizar os talentos do autista, bem como suas dificuldades, é fundamental para o crescimento da criança. Os benefícios trarão uma melhor socialização, e um adequado crescimento cognitivo.
Evite o excesso de proteção, isso poderá prejudicar o desenvolvimento da criança. Incentive-a a ter autonomia, como escovar os dentes e a comer sozinha, ensine a se vestir e fazer outras coisas, a medida em que for se desenvolvendo.
Com esses simples cuidados, e demais orientações do profissional que acompanha a criança, a família vai auxiliar positivamente os melhores resultados do tratamento.
Um amigo autista
Para os adolescentes que passaram a ter em sua convivência, seja na escola, no bairro ou mesmo na família, um amigo autista, pode acontecer de surgirem algumas dúvidas ou receios. Isso é normal. Qualquer diferença, em um primeiro momento, pode causar um estranhamento.
A diversidade integra todas as relações no convívio social. Cada um tem suas particularidades e limitações, e ter um amigo autista faz parte disso. Buscar uma aproximação respeitando seus momentos, assim como com qualquer outro colega, é sempre importante.
A troca de experiências só enriquece ainda mais a vida humana, trazendo boas descobertas e crescimento mútuo.
Identificar o autismo logo nos primeiros sinais e buscar o acompanhamento profissional adequado certamente aumentará o sucesso do tratamento. Portanto, esteja sempre atento ao comportamento da criança.
E ai, gostou do artigo? Ainda tem alguma dúvida sobre o assunto ou gostaria de compartilhar suas experiências? Aproveite para deixar seu comentário!