Depois de fazer milhões de pessoas sorrirem e chorarem com a tocante animação Up – Altas Aventuras, o diretor Pete Docter — um dos gênios por trás da Pixar — apareceu neste ano com mais uma brilhante produção: Divertida Mente, filme que coloca algumas de nossas emoções como protagonistas de uma das histórias mais interessantes dos últimos tempos.
Capaz de dar corpo, voz e cores para sentimentos complexos como tristeza, alegria, raiva, nojo e medo, o longa conseguiu não apenas encantar o público, como também mostrar (em apenas um filme) a importância de cada um desses pedacinhos da nossa mente. Principalmente para os baixinhos.
Razão e emoção
Em Divertida Mente, acompanhamos a vida de uma garotinha de 11 anos chamada Riley, que vê seu mundo virado de ponta-cabeça depois que seus pais resolvem mudar de cidade. Um dos baratos do filme é que vemos tudo isso também pelo ponto de vista de seus sentimentos, que vão assumindo (ou não) o controle da jovem dependendo de cada situação em que ela se mete, como encarar uma nova escola, lidar com alguns problemas com os pais e até experimentar uma comida nova.
Quando Docter começou a pensar no roteiro desse longa, um dos trabalhos que usou como referência foi um curta de animação da Disney chamado “Reason and Emotion”, de 1943. Indicado ao Oscar da categoria naquela época, esse curta mostrava a briga entre razão e emoção dentro da cabeça de uma pequena criança na época da II Guerra Mundial.
Apesar de interessante, Reason and Emotion não mostrava todas as nuances dos nossos sentimentos em cena (além de se parecer mais com algum tipo de propaganda do Governo norte-americano daquele tempo). Foi aí que o diretor começou a pensar melhor na história e viu como seria necessário mostrar toda a “sala de controle” das nossas emoções e a importância de cada uma, principalmente da alegria e a tristeza, as personagens principais do filme.
Todas as emoções são importantes
Com um roteiro impressionante, Divertida Mente consegue apresentar não apenas as nossas emoções como também o papel que cada uma desempenha em nossa personalidade e como elas vão evoluindo com o passar do tempo. Para dar um exemplo sem precisar contar muito sobre o filme, basta saber que quando vemos o nascimento de Riley, a garotinha chega ao mundo com apenas um sentimento, porém, ao longo da projeção, além de ganhar novas emoções a jovem também consegue misturar melhor algumas delas, como podemos ver nesse gráfico.
Essa mistura mostra para a audiência como todas emoções devem existir em harmonia (desde a raiva até o medo) para que possamos não apenas sobreviver no mundo como também entender melhor a vida.
Não existe alegria sem a tristeza
Apesar de ter 5 sentimentos como base da história, Divertida Mente é mais focado na Alegria e a Tristeza, que depois de uma discussão acabam sendo jogadas para fora da sala de controle das emoções de Riley. No decorrer da trama, vamos entendendo como seria impossível que uma existisse sem a outra, deixado, assim, bastante claro para adultos e crianças a necessidade de entendermos o valor de cada momento que acontece com a gente.
Por causa disso, não é raro ver no final do filme alguns adultos saindo das salas de cinema com os olhos cheios de lágrimas e outros conseguindo explicar melhor para os filhos porque eles não devem se preocupar com algumas coisas normais do dia a dia.
Carregado com um visual arrasador, sacadas geniais e muita emoção, Divertida Mente é uma daquelas animações da Pixar que mostram porque a empresa é hoje uma das melhores contadoras de histórias do mundo, e, de quebra, o filme ainda ajuda pais e filhos a entenderem de forma ainda mais fácil a importância de cada sentimento.
E você, já foi assistir Divertida Mente? Conte pra gente o que achou do filme aqui nos comentários e aproveite para ler também sobre os 6 erros comuns que pais podem cometer na educação dos filhos.
Imagem em destaque: Papo Mídia. Fonte: http://bit.ly/1R0FpU0