Será que a lei que proíbe o uso de celular pode melhorar a convivência e a experiência escolar?

Lei que proíbe uso de celular nas escolas está em vigor Foto: Freepik

O ano começou com uma novidade no ambiente escolar. Desde a aprovação da Lei Federal nº 14.529, que proíbe o uso de celulares durante as aulas em escolas públicas e privadas de educação básica, o tema tem gerado debates. A medida busca melhorar o desempenho escolar, reduzir distrações e tornar o ambiente mais saudável para a convivência e o aprendizado. Mas como diminuir o estresse provocado por essa mudança e garantir que ela traga resultados positivos para alunos e escolas?

Aqui no Next, esse tema não é novidade, pois não se utiliza o celular em sala de aula. Trabalhamos e incentivamos a tecnologia com o uso dos Ipads, mas alinhando a modernidade com o conteúdo escolar e sem atrapalhar o relacionamento interpessoal.

Sobre a lei que proíbe o uso de celulares durante as aulas em escolas, ela apresenta muitos debates sobre o papel da tecnologia no ambiente escolar. Mais do que uma medida de restrição, a norma busca garantir um espaço de aprendizado mais focado, melhorando a concentração dos alunos e fortalecendo as relações entre colegas de sala, fator que valorizamos no colégio.

Estudos mostram que o uso excessivo de dispositivos digitais pode afetar o rendimento escolar. O relatório mais recente do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgado em 2022, revelou que alunos que passam mais de cinco horas por dia usando telas têm mais dificuldade de concentração e apresentam notas mais baixas em disciplinas como matemática. Além disso, uma pesquisa feita pela Universidade Miguel Hernández, na Espanha, apontou que o excesso de tempo em frente às telas está associado a hábitos menos saudáveis, queda no desempenho acadêmico e aumento de problemas emocionais, como ansiedade.

Com a lei em vigor, as escolas têm a missão de orientar os alunos e suas famílias sobre o uso responsável da tecnologia. É importante lembrar que a proibição não significa negar o acesso à tecnologia, mas sim garantir que ela seja usada de forma adequada e no momento certo.

O apoio das famílias nesse processo é essencial. O diálogo aberto entre pais, filhos e escola ajuda a explicar a importância dessa medida e a destacar seus benefícios. Em vez de passar tanto tempo no celular, os alunos podem aproveitar para participar de atividades que estimulam o desenvolvimento social e emocional, como esportes, leitura e projetos culturais.

Entre os benefícios esperados estão o aumento da concentração nas aulas, a melhora no rendimento escolar e o fortalecimento das relações interpessoais. Quando os estudantes passam menos tempo olhando para as telas, têm mais oportunidade de conversar com os colegas, construir amizades e desenvolver habilidades importantes para a vida.

As famílias podem ajudar adotando algumas práticas simples em casa, como definir horários para o uso do celular, incentivar momentos de lazer em família sem dispositivos eletrônicos e acompanhar a rotina escolar de perto. Essas ações, junto com o trabalho da escola, ajudam a construir um ambiente mais equilibrado e saudável para todos.

A proibição do celular em sala de aula pode ser uma oportunidade de crescimento para os alunos. Com o apoio certo, eles podem aprender a usar a tecnologia de maneira consciente e, ao mesmo tempo, aproveitar melhor o momento de aprendizado na escola. 

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