Ô palavrinha difícil: procrastinação. Meio trava-língua, né? Mas pode chamar de “deixar pra depois”, “empurrar com a barriga”, “outra hora eu vejo isso” e por aí vai…
Desde que o mundo é mundo, parece ser inerente à humanidade o ato de ir postergando o que é preciso fazer – especialmente se a tarefa não é muito do nosso agrado. Nos estudos, então, o problema é campeão de ocorrência: quantas vezes os alunos não trocam os problemas de matemática a serem resolvidos para a aula de amanhã em troca de mais uma horinha de videogame? O apelo é irresistível, ainda que a consciência pese um pouco.
A verdade é que procrastinamos para nos sentirmos bem, adiando uma atividade desagradável em favor de outra prazerosa. Somos humanos, falíveis e procrastinadores de nascença. Todos nós, sem exceção.
Quando se é tentado a procrastinar, o cérebro entende que o trabalho que precisa ser feito é desagradável, porém será menos maçante depois. Consequentemente, o trabalho é adiado e a alternativa divertida tem a preferência.
Acredite: derrotar a procrastinação é possível!
. Se você tornar o trabalho um hábito, será bem mais fácil vencer a procrastinação. Uma vez instalado o hábito, o trabalho entra em “piloto automático” e não dependerá tanto da sua força de vontade para executá-lo.
. Um objetivo maior se alcança com a soma de pequenas etapas concluídas. Para comer um elefante, você ingere um bocado por vez. Da mesma forma, uma jornada de mil milhas começa por um primeiro passo. Ou seja, defina uma meta muito menor de cada vez, divida tarefas esmagadoras em pedaços pequenos e alcançáveis.
. Estamos mais propensos a procrastinar se pensarmos que não teremos sucesso naquilo que deveríamos fazer. Portanto, melhor ser otimista!
. Não pergunte: “Devo fazer o que tenho vontade ou encarar o que tem que ser feito?”. Em lugar disso, diga: “Devo acabar agora o meu dever e ficar em paz com minha consciência, ou devo adiá-lo e desistir de minha chance de me sentir bem por ter acabado com ele?”
. Simplesmente comece o que tem que fazer. Você verá que não é tão ruim como você imaginava.
. Permita-se fazer pausas no decorrer da tarefa.
. Conte aos outros o que você está fazendo. Com isso, o ganho é duplo: seus amigos provavelmente o responsabilizarão se vier a procrastinar (o que lhe acarretará um sentimento de vergonha ou de fracasso), e você receberá deles todo apoio para que não “caia em tentação”!
. Estabeleça uma penalidade edificante, caso você volte a procrastinar. Por exemplo, ao deixar de cumprir determinada tarefa, você deve doar uma quantia x para uma entidade assistencial.
. Há pessoas que procrastinam como uma forma de autopunição, para que tenham uma desculpa se forem mal em uma prova, atividade ou projeto. Por exemplo: a pessoa agenda para si uma série de atividades para fazer no tempo que estaria reservado à tarefa desagradável, para que tenha uma desculpa pelo não cumprimento da obrigação.
. Faça da tentação uma recompensa. Permita-se ser premiado justamente com aquilo que ameaça você a deixar de cumprir seu dever.
. Tome nota e orgulhe-se da perseverança e da consistência de seus hábitos de trabalho. Tomar consciência e ficar feliz pelos seus progressos é extremamente incentivador, alimentando novas conquistas!
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Fonte para elaboração do conteúdo: livro “Supere sua mente”, de Daniel T. Willingham . Tradução de Luiz Claudio Carvalho.