Como os pais devem lidar com o cyberbullying?

Os antigos deboches e brincadeiras de mau gosto, frequentemente ocorridos nas escolas, acarretam consequências mais graves do que se pensava. O bullying é um fenômeno que atinge crianças e adolescentes e consiste na perturbação do outro por meio de agressões verbais ou físicas de forma sistemática e repetitiva. O que já era um problema que preocupava pais e profissionais da educação, foi agravado após ganhar espaço também na internet.

O cyberbullying, então, é o bullying praticado pelos meios de comunicação virtual, como nas redes sociais, aplicativos de mensagem dos smartphones e nas demais mídias virtuais. Fator que agrava o problema em razão da rápida repercussão que a internet pode proporcionar. Mensagens ofensivas ou ameaçadoras, perfis falsos para denegrir a imagem do outro ou imputar ato vergonhoso são alguns dos exemplos de como o cyberbullying se manifesta. Em situações mais graves, as agressões psicológicas podem evoluir para as agressões físicas também.

As crianças vítimas de cyberbullying podem desenvolver problemas psicológicos, quadros de depressão, ou até chegar à situações mais extremas. Os pais, portanto, precisam ter atenção redobrada para lidar com essa situação, seja o seu filho a vítima ou o agressor.

Atenção aos sinais

Os pais devem ficar atentos aos sinais de que os filhos estão sofrendo algum tipo de repressão ou humilhação. Em geral, as vítimas de bullying começam a ficar desmotivadas de ir para a escola, apresentam alta irritabilidade e nervosismo, têm dificuldade de fazer amigos e chegam da escola tristes ou com algum sinal de agressão. Já no cyberbullying, a criança ou adolescente terá mais ansiedade em checar e-mails e redes sociais a todo tempo ou tenderá a se afastar da internet.

Mas os pais também devem se atentar aos sinais de quem pratica o bullying. Se seu filho costuma fazer gozações ou brincadeiras com os colegas diariamente, se usa apelidos pejorativos, insulta ou agride os amigos com frequência ou tenta sempre exteriorizar autoridade sobre os mais frágeis, é muito importante conversar sobre a questão.

Trata-se de um problema que apenas pode ser solucionado ou evitado com base no diálogo constante e boa relação entre pais e filhos. Você precisa deixar os seus filhos à vontade para conversar sobre o assunto, sem medo de represálias e punições.

O papel da escola

A escola tem função fundamental no enfrentamento desse fenômeno, já que está inserida no contexto onde, em regra, o problema se manifesta. Uma escola de qualidade, que conscientiza o aluno e está preparada para esse tipo de problema está mais capacitada a dar esse suporte, tanto às crianças quanto aos pais.

O assunto deve ser debatido com clareza entre alunos, educadores e a família. É importante conscientizar as crianças e adolescentes da gravidade das consequências que o cyberbullying pode acarretar ao outro, bem como da importância do respeito às diferenças. Isso pode ser feito através de palestras, dinâmicas e trabalhos em grupo, por exemplo. O diálogo esclarecedor pode ajudar a evitar novas ocorrências do problema.

As vítimas já afetadas necessitam de acompanhamento psicológico para minimizar os efeitos da agressão. É importante que compreendam que o problema, na verdade, se encontra no agressor e não na vítima, que precisa entender como lidar melhor com tudo isso e não perder a autoconfiança e a autoestima por isso. Também é preciso que se dê acompanhamento psicológico adequado ao agressor, que precisa de ajuda para compreender o porquê dessa postura e qual é a frustração ou a questão interna que puxa o gatilho desse comportamento.

Quando o assunto é a saúde e a felicidade dos filhos, todo cuidado é pouco! Tenha uma relação bem aberta e próxima dos seus pequenos para perceber qualquer alteração curiosa na rotina ou no humor. Seja compreensivo e amoroso sempre, mostrando que você respeita os sentimentos dele e vai dar todo o suporte para que ele lide com o problema.

Você já passou por essa situação com seus filhos? Compartilhe suas experiências com a gente!

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1 comentário

  1. Acho que a melhor maneira de prevenir tais consequências é monitorando o que o sue filho faz e com quem conversa no mundo virtual, na minha casa utilizo um programa de monitoramento que foi indicado por amiga e me ajuda bastante, por isso vim indicar para que vocês também conheçam: https://apinc.com.br

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